sábado, 11 de agosto de 2007

Eleições 2006

RS na Contramão

Pois é, não deu. Faltou pouco para concretizarmos a 'virada' - que até as 17 h do dia 29 nos parecia tão próxima, tão possível. Mas Olívio Dutra, o PT e o PC do B, a aguerrida militância da Frente Popular estão de parabéns. Chegamos 'quase lá'! Foram mais de 46 % dos votos válidos no Rio Grande para o 'Galo Missioneiro'. Lula foi reeleito com avassaladora votação (mais de 60% dos votos válidos, mais de 20 milhões de votos de diferença do candidato das elites).
Lamentavelmente, o Rio Grande do Sul vai ter que ficar novamente na contramão do Brasil. Como coloca o RS Urgente: " E o Rio Grande do Sul tucanou. A maioria dos eleitores gaúchos decidiu eleger a deputada federal Yeda Crusius (PSDB) para governar o Estado nos próximos quatro anos. Yeda recebeu 3.377.973 votos (51,54% dos votos totais e 53,94% dos válidos). Olívio Dutra (PT) ficou com 2.884.092 (44,01% dos votos totais e 46,06% dos válidos). O índice de abstenção foi muito alto, chegando a 15,44% (1.197.001). Os votos brancos totalizaram 1,96% (128.696) e os nulos 2,48% (162.821). (...) . Apesar da derrota eleitoral, o PT comemorou algumas vitórias importantes como a retomada da maioria em Porto Alegre, onde venceu a disputa com 5 mil votos de vantagem (416.193 votos contra 411.866). Mas a principal vitória mesmo foi a volta das bandeiras vermelhas para as ruas, presença que havia sido atropelada pela crise política de 2005.
Embora tenha sido por uma escassa margem de votos, a vitória em Porto Alegre tem um significado importante, considerando o inferno astral que atingiu o PT nos últimos meses e o desempenho do partido nas eleições municipais de 2004. Naquele ano, Raul Pont fez 378.099 votos contra 431.820 de José Fogaça (PPS), que acabou vencendo as eleições. Após a crise do chamado “mensalão” houve quem dissesse que o PT e a esquerda em geral estavam acabados como força política no Estado. Apesar da derrota neste domingo, a Frente Popular, composta por PT, PC do B e PSB, conquistou um pouco menos da metade dos votos no Estado, superando inclusive a votação nominal feita por Tarso Genro nas eleições estaduais de 2002. O candidato petista, naquele ano, fez 2.196.134 votos contra os 2.426.880 de Germano Rigotto (PMDB). A diferença entre Tarso e Rigotto, porém, foi menor do que a verificada nas eleições deste ano, quando Yeda livrou mais de 493 mil votos sobre Olívio. Mas, para além dos números, as ruas mostraram que a esquerda permanece uma força política expressiva no RS. " (...)

Nenhum comentário: