sábado, 11 de agosto de 2007

Assim Caminha o Rio Grande IV (Final)

Os números relativos ao aumento da pobreza – no Brasil e no mundo - relatados por dom Mauro Morelli, bispo da arquidiocese de Duque de Caxias (RJ), em recente estada em Porto Alegre à convite da Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa, são alarmantes, e só não ruborizam os corações e mentes anestesiados pela insensibilidade produzida pela aceitação covarde do modelo neoliberal, cada vez mais esclerosado no mundo, mas em voga no Brasil de FHC (com honrosas exceções, como é o caso do Rio Grande).

Com todas as letras, dom Mauro informa que, de cada seis habitantes do Planeta Terra, pelo menos um passa fome - ou seja, mais de um bilhão de seres humanos! Em particular no Brasil, o aumento da miséria combina-se com a depredação da natureza, provocando um desastre ainda maior, legado esse produzido pelo modelo adotado principalmente nos últimos anos, iniciado por Collor e galhardamente assumido pelo presidente Fernando Henrique Cardoso e pela troupe que lhe dá sustentação política. O resultado disso é um país estiolado, dependente cada vez mais do imperialismo, onde impera a exclusão social, a fome, o desemprego e a desesperança.

Enfrentando essa política liquidadora, o Estado do Rio Grande do Sul, através de seu Governo Democrático e Popular, liderado pelo Governador Olívio Dutra, desenvolve uma série de ações no sentido inverso e, após dezoito meses de mandato, já pode se orgulhar dos resultados obtidos – o que só a mídia monopolizada pela RBS, veículos afins e a oposição raivosa dos partidos burgueses e suas entidades de classe tentam ignorar.

Para melhor ilustrar esse novo momento na história gaúcha, reporto-me à seguir ao editorial do jornal “O Estado do Rio Grande do Sul”, cuja última edição (julho/2000) - com números detalhados de todas as áreas do Governo - é de leitura obrigatória para todos os gaúchos que realmente querem saber verdadeiramente como está sendo administrado o Estado:

“Passado um ano e meio da posse do atual governo estadual, não é exagero dizer que o Rio Grande do Sul vive um novo momento de sua história . O início do saneamento financeiro do Estado, a implantação do Orçamento Participativo, o crescimento econômico a partir de retomada de setores importantes da nossa economia, o fortalecimento das políticas sociais e a qualificação dos serviços públicos configuram uma profunda mudança para todos os gaúchos.

Em um quadro nacional de crise econômica, vários indicadores positivos mostram que o Rio Grande vem trilhando o caminho certo, com taxas positivas de desenvolvimento industrial, números invejáveis na queda da mortalidade infantil, referência nacional em educação, saneamento, qualidade de vida, com incentivo tanto aos setores tradicionais da economia quanto aos novos desafios da ciência e da tecnologia (...)”.

E esclarece ainda: “... o objetivo de colocar a casa em ordem está sendo alcançado, com cortes em setores como publicidade, viagens, recepções e congressos e a revisão de benefícios a contribuintes, com o ajuste da fiscalização de tributos. Também é importante citar, nesse sentido, as novas negociações com o governo federal, que resultaram em vantagens para o Rio Grande.

Já no primeiro ano de nossa administração, foi possível cumprir o percentual de 10% do orçamento para a saúde pública e iniciar o processo de Municipalização Solidária, assim como outros projetos fundamentais: a Reforma Agrária, o Primeiro Emprego, o apoio ao setor coureiro-calçadista. O processo avança com a recuperação e construção de estradas, a contratação de novos professores, as incubadoras empresariais, novas linhas de crédito do Banrisul para a agricultura e muito mais (...)”.

A imagem do Estado, inclusive, é projetada internacionalmente, pois não são poucos os países e organizações que para cá enviam representantes para inteirarem-se dos métodos democráticos de participação popular introduzidos pelos governos petistas e da Frente Popular (no Estado e nos municípios onde somos governo, como acontece em Porto Alegre, Caxias, Palmeira das Missões, Alvorada...) onde o Orçamento Participativo exerce função determinante. E isso, convenhamos, não é pouca coisa...

Contrastando com a política lesa-pátria do governo federal e de seus aliados conservadores nos estados e municípios, que angustia dom Mauro Morelli e o conjunto maior do povo brasileiro, podemos afirmar que aqui no Rio Grande do Sul, de verdade, “são outros 500”. Com satisfação, mais uma vez ressaltamos, apoiados em dados concretos e irrefutáveis, dos quais o povo gaúcho já está apropriando-se (apesar do boicote da mídia já referido) que este, com certeza, é um “caminho sem volta”, onde impera a democracia, a participação popular, a garra e a esperança, pois – para desespero das viúvas do desgoverno passado – agora ... é “Assim que Caminha o Rio Grande”!

Nenhum comentário: